Foi presa na noite desta sexta-feira (7), em Guarulhos, na Grande São
Paulo, a boxeadora Elizabeth Fernandes dos Santos, suspeita de matar a socos a jovem Ana Beatriz, de acordo com a Polícia Militar (PM).
O crime ocorreu em junho, em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo,
com a participação da mãe da menina e companheira da boxeadora, Ana
Luiza Ferreira, e do pai da criança, Carlos José Bento de Souza, que já
estão presos.
A PM recebeu uma denúncia anônima que levou à residência em que
Elizabeth estava escondida, por volta das 22h. O caso foi registrado no
7º Distrito Policial de Guarulhos. Uma equipe da Polícia Civil de Praia
Grande deve realizar a transferência da boxeadora para a Baixada Santista.
A polícia de Praia Grande já trabalhava com a hipótese de que Elizabeth
teria fugido para Guarulhos. Durante uma operação em agosto, policiais
chegaram a localizar um esconderijo da suspeita, mas ela já havia
conseguido fugir.Ana Beatriz de Souza, de 13 anos, foi morta no último dia 14 de junho,
dentro da própria casa, no Jardim Anhanguera. O corpo da menina foi
encontrado na Rodovia Anchieta com várias fraturas e ferimentos pelo
corpo, além de sinais de esganadura.Reconstituição
A mãe da vítima, Ana Luiza Ferreira, participou de uma reconstituição do assassinato da adolescente
em 8 de agosto. De acordo com ela, o crime aconteceu quando um outro
filho, de 7 anos, dormia em um quarto em frente ao local do assassinato.
"Ela alegou que houve uma discussão muito forte entre a filha dela e a
Elizabeth, que é namorada da Ana Luiza. A Elizabeth, que é boxeadora,
teria agredido a filha dela com socos até a morte. Ela disse que tentou
afastar a amante, mas não conseguiu. A reconstituição serviu para
mostrar como a mãe foi omissa", explica o delegado Luiz Evandro
Medeiros, responsável pelo caso.
O ex-marido da mãe, que registrou Ana Beatriz como filha, é suspeito de ajudar a esconder o corpo da jovem.epois de ter visto a filha morta, Ana Luiza foi até o carro buscar um
cobertor para esconder o cadáver. Durante a reconstituição, uma pequena
fogueira foi encontrada nos fundos da casa com várias roupas queimadas e
um anel. A polícia acredita que o trio pretendia enterrar a menina
dentro da própria casa, ao invés de jogar o corpo na estrada.
Cartas
A polícia encontrou um caderno junto ao corpo da menina, jogado na Rodovia Anchieta. Dentro do caderno estavam duas cartas,
uma para Elizabeth e outra para Ana Luíza. Nas cartas a vítima alegava
que muitas vezes se sentia excluída em casa, mas também afirmava gostar
bastante da mãe e da suposta assassina. Confira os bilhetes:
“Mãe, não sou uma boa filha, mas não estou fazendo essa carta para
que você chore ou fique com pena, só quero que saiba que eu te amo
muito. Mesmo não acreditando. Sou sua filha, mas às vezes sinto como se
fosse uma intrusa nessa família. Mesmo assim te amo e gosto muito de
você, da Beth e do Luiz. Desculpa por ser assim tão desobediente, é meu
jeito”.
“Beth, sei que tenho te tratado muito mal, mas quero que saiba que
não é porque não gosto de você, mas sinto que às vezes sou intrusa. Fico
muito sozinha e estressada. Mas eu gosto muito de você e sei que sente
saudade das suas filhas”.
O utra hipótese
Apesar da mãe da vítima alegar que o assassinato aconteceu por causa de
uma briga familiar, a polícia trabalha com uma outra hipótese. "Nós
temos testemunhas protegidas que garantem que o ex-marido dela é
traficante e usava a mãe e a adolescente para transportar drogas. A
menina teria perdido uma quantidade de entorpecentes, o que motivou uma
cobrança dos mais velhos. A mãe e a Elizabeth resolveram se desfazer da
criança para compensar a cobrança por parte dos traficantes", explica o
delegado.
O texto cita ainda o julgamento do mensalão, classificando-o como um dos "sofrimentos mais graves" do político e um dos "maiores escândalos de corrupção" do Brasil. "Mais de 30 políticos, incluindo alguns dos principais assessores de Lula, como José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, estão implicados em um escândalo chamado 'mensalão'", diz a reportagem.
O repórter conta que o escândalo veio à tona em 2005, mas só agora está sendo julgado pela Suprema Corte brasileira, o que, segundo o texto, reflete "a lentidão da Justiça brasileira". Em resposta aos questionamentos sobre o mensalão, Lula pareceu enfático "não acredito que houve mensalão", mas disse que vai respeitar a decisão do Supremo sobre o caso. "Se alguém é culpado, deve ser punido", disse Lula, "e se alguém for considerado inocente, deve ser absolvido."
O ex-presidente também comentou sobre a crise na Europa. "Sei que a Europa não gosta de nós oferecendo a nossa opinião sobre a Europa, mas quando a crise era aqui no Brasil, todos eles tinham algo a dizer", comentou ao jornal americano.
"Vamos ser francos: se a Alemanha tivesse resolvido o problema grego anos atrás, não teria piorado tanto. Eu já vi pessoas morrerem de gangrena porque não cuidaram de uma unha problemática", afirmou Lula.
Perguntado se estava diminuindo o ritmo de sua vida, agora que saiu da presidência e curou-se do câncer, o petista reagiu enfaticamente. "Olha aqui, ouça o que eu tenho a dizer: a política é a minha paixão", contou ao repórter do jornal.